domingo, agosto 19, 2007

"Não sou eu quem me navega
quem me navega é o mar..." Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho



Dizem que o barco conhece a água. Ela também conhece o barco.
existe uma troca miúda quase secreta entre os dois. O mundo sente, mas nem todo mundo sabe.

Individuação. Navega no mar calmo ou revolto. você está só. Você não é mar, e ele não é você.
Seriedade, sobrancelhas querem se conhecer, pertencem a mesma cara.
Esta cara grudada na sua, que você cultiva como se fosse a mesma?

Nave central se abriu.
Quando a esmola é muita... dei meia volta, a porta se fechou.
Por muito pouco, e eu não estaria ao ar livre, levando uma lambida do vento na cara suada.

é profundo pra quem olha de cima, pra quem olha de baixo é alto, parede ou muro, pra quem olha de cima é queda, mergulho.
é superficie da terra, o fundo do mar. ondulado, rachado, plano, leve e pesado.
olhar não dá a dimensão exata do tato. Por exemplo, se o tato disser que a água é azul, ele vai estar mentindo.


Preciso beber água. Andar sobre as águas, diz o pescador, nunca esqueça de levar a doce.
o barco fica bêbado, se ficar sem leme...

1 Comentários:

Blogger Rubem Garcia disse...

Alegria por Lê-la...
fitar as cores da sua aquarela...
convido.
Apareça em minha Janela...

Abraço...

rubem Garcia - O Coringa

20/8/07 09:26  

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